segunda-feira, 14 de junho de 2010

Fui ao Jardim

"Me sinto menina, brincando feito criança, brincando com a vida, brincando de viver."

Sugestão de Música: Kansas - Dust In The Wind
(♫...Now, don't hang on Nothing lasts forever...)

Sim depois de tanto tempo sem ir ao meu jardim, a menina que encontra lá todo o amor que deseja, toda beleza oculta aos olhos comuns, esteve tão alegremente a caminhar, a grama estava úmida deliciosamente eu corri por todo o lugar, estava de vestido leve, todo branco, o que tinha de rosa em mim era somente uma tiara de cabelo com um lacinho, estava um lindo dia o sol sorrindo e eu tão feliz,o ar estava com um cheirinho leve de camomila que me ajudava a estar sempre calma, minhas buxexas vermelhas como de costume era o sinal de estar com o coração aquecido.
Sentei embaixo da mãe árvore como de costume, ela como sempre tornou a cuidar de mim, por entre as folhas os raios de sol penetravam levemente, tornava tudo tão belo e iluminado na medida certa, mesmo no jardim não tendo certo ou errado, enfim pois é tudo tão belo. Ao olhar para frente e avistar o lago que parece sempre acolhedor no frio e no calor estava iluminado o reflexo do sol era nítido e belo, senti a brisa novamente passar por entre meus cabelos e seu frescor de camomila despertar meu olfato, abracei minhas pernas e senti que faltava alguma coisa, foi então que me deparei que mesmo estando em agradável temperatura minhas mãos ainda estavam geladas, resolvi levantar-me e ir comtemplar o jardim, minhas mãos insistiram em não aquecer.
Rodeei enumeras vezes, perdi a conta de quantos saltinhos no ar eu dei em meu jardim, lugar que deixa sempre saudades, foi então que quando notei estava em meio as margaridas, meu vestido já estava amarelo do pólen das queridas, resolvi parar para cheirar uma delas, notei que estavam com gotinhas nas pétalas, recém regadas ao olhar para o lado eu vi ele rindo de mim, olhando pra mim, foi então que logo pensei, e falei: "Venha aqui agora, pare de rir como um tolo, vamos para lá, quero suas mãos e seu ombro utilizar". Enfim ele riu mais ainda, eu saí correndo ele se obrigou a correr também e meu ritmo não é nada lento, ao chegar na mãe árvore novamente, pois já havia passado ali, me sentei, ele logo foi sentar-se ao meu lado, eu então não esperei um minuto logo suas mãos viraram minhas e seu ombro meu descanço, minha segurança, nosso momento, foi então que eu senti que tudo estava muito bem aquecido agora, olhar o céu, as folhas e o lago era detalhe, perto de olhar que ele estava ali, ele estava ao meu lado, ele me encanta com seus olhos, e sim tem ótimas mãos, e um ombro tão confortável, obrigada por ter deixado usá-los.

"Por um momento pensei em não publicar esse texto aqui, mas foi tão bom pra mim, quanto pode ser para alguém ler. São momentos de confusões que muitas vezes me impedem de escrever assim como um momento de confusão que quase me impediu de publicar este texto, enfim que seja apreciado".