quarta-feira, 23 de junho de 2010

Imaginar




Sugestão de Música: Andrew Bird - Spare-Ohs

Vejo a imaginação como algo para se desfrutar do bom, do puro, do doce, para desligar-se do que no mundo acontece...
Imaginar que podemos nos ferir com alguém ou até mesmo ferir alguém, não é desfrutar da melhor forma de um dos prazeres humanos e capacidade divina que é imaginar, também como imaginar a morte, a morte é comum e destruidora, imaginar ela se pede ela, ao mentalizar algo tão profundamente, imaginar no caso, pode-se trazer a vida, ao mundo real, por isso não devemos ser pessimistas em pensamentos tão menos ainda em imaginação. É claro morrer todos temos certeza de que um dia iremos, então está ai o fato de ser inútil pensar nisso, quando, onde, como será que isso vai ocorrer ou até mesmo desejar a forma que isso possa ocorrer se é concreto, imaginar é desfrutar do que desejamos de tal forma que as vezes é impossível se concretizar tão magnificamente como criamos em nossa mente, de tal forma que nos conforte. Devemos pensar no que desejamos, juntar tudo em nossa subconsciente surpreendente, amenizar os pesadelos com sonhos, amenizar a vida, o stress de todos os dias com a imaginação que conforta, foi com essa razão que surgiu o meu jardim, lá está tudo o que gosto, como gosto e quem gosto, meu coração não dói, os espinhos das rosas são terapêuticos, as margaridas exalam o cheiro puro de doce que me comove, o sol brilha intensamente, a chuva lava minha alma, o lago me cerca e me convida e nadar, a árvore gigante me protege, os pássaros cantam quando chegam, as borboletas voam tão suavemente que o vento não competi com suas belas asas ele sempre está a favor destas. Meus dias podem ser cheios de mal pensadores, fofocas, dinheiro, cobranças, ganancia, odores desagradáveis, palavras obscuras, olhares gulosos, mas minha imaginaçãociicc é singela, suave, acolhedora e principalmente curadora.
Imagine seu lugar, seu mundo perfeito, seu amor perfeito, para imaginar tudo isso, estará em constante exercício no seu dia-a-dia, na vida normal, pois prestará atenção em cada detalhe, ira peneirar tudo o que lhe acontece para sim, transportar o que há de melhor aos seus pensamentos, imaginar não é loucura, ter um mundo que só você vive e vê, que é perfeito a você, acredito que trás sabedoria para se viver e valorizar cada dia de vida.

domingo, 20 de junho de 2010

Um dia normal



Sugestão de Música: Jars Of Clay - Flood

Em uma tarde chuvosa, de poucas ações, poucas palavras e muito frio, deitada na cama, ao contrário, olhando pela janela o céu cinza e as os galhos das pontas das árvores balançando com o vento forte lá fora, eu estava a pensar, a recordar e a sentir no meu peito apertar tudo o que estava passando a limpo em minha mente.
Embaixo da coberta azul, com o edredom rosa em cima, o aquecer era simples e comum, em tudo que estava pensando eu estava desejando o aquecer diferente que só se sente de quem a gente deseja estar perto, sem compreender comecei meu dia irritada e naquele momento na cama eu comecei a me dar contar de que isso é consequência de sentir falta de algo, sentir falta de alguém ou simples consequência de querer fazer falta em algum lugar ou fazer falta para alguém, mesmo que desejar isso não seja pra mim tão bem associado aos meus pensamentos, mas no instânte eu me deixei ser egoista e me confortar pensando nisso.
Minutos se passaram e nada de conforto completo, foi então que resolvi fazer um capuccino bem quente, para ver se o sabor do café gostoso e o aroma me faziam animar-me e me levantar para fazer algo produtivo a alguém ou até conseguir me unir com quem estava na sala. Um "Olá" a todos eu disse, a cozinha parecia estar longe, a caneca pesada demais e minha fraquesa dominadora e perversa, feito o capuccino voltei ao meu quarto, tentanto imaginar o meu jardim a cada gole, ao terminar, o livro que comecei a ler retornei a folhar "A Menina que Roubava Livros", cada trecho lido me motivava a ler mais e mais, pensei eu por minutos poderia estar com todos torcendo lá na sala, mas ler fazia mais sentido pra mim, por instântes notei que estava mais motivada pelo fato de me prender a cada palavra lida e intensidade das aventuras do livro, mas senti meu pensamento voando até não conseguir mais viver a história narrada, de fato, é assim mesmo, eu vivo o que leio em minha mente como estivesse presenciando tudo ou até mesmo sendo o personagem, minhas vistas escurecerão, não consegui mais segurar o livro, tive de soltá-lo por entre as cobertas, deitar minha cabeça ao travasseiro fechar os olhos e esperar a sensação pesada passar e assim me deixar erguer o ombros novamente, ao abrir os olhos senti que não conseguia mais ler, apenas levantei e fui ouvir as adoráveis músicas que tanto ouço todos os dias.
Dores fortes no peito comecei a sentir, mesmo que lutasse contra, ainda era dolorido, meus dedos pareciam pesar em minhas mãos, minha cabeça parecia insistir em ficar abaixada, primeira música que fui ouvir Audioslave-Like A Stone, não só ouvi como cantei, vendo as fotos adoráveis no computador de minha irmã e outras coisas, assim foram muitas músicas, eu senti me fortalecendo, pode parecer bobagem, mas elas me ajudam muito, faz conjunto completo com as fotos, eu estava sozinha, mas a pensar nos sorrisos que dei, nos amigos que se foram, nos momentos que vivi, sim, cada letra tem um sentido, eu tenho uma trilha sonora, ainda não fiz a minha coletânea, mas se fosse pra se fazer um CD, ele seria perfeito pra mim e talvez se encaicharia na vida de alguém também.
Mais animada eu fui lavar minha caneca, dizer um "Olá" novamente, voltar a ouvir minhas músicas, até o momento da minha pequena irmã aparecer e pedir minha câmera fotográfica emprestada e insistir, mesmo que o NÃO repetido fora dito a ela, ele não existiu aos seus ouvidos e eu não resistir as suas palavras, agora estou eu aqui rindo com a fotos tiradas.
Mesmo uma tarde chuvosa tão trancada em casa, forma-se uma história, mesmo eu não fazendo praticamente nada, é a vida detalhista, que não deixa nada ser superficial, talvez um dia normal, mas um dia bem passado, mesmo que tenham fraquezas, saudades, sonolências, intervalos de risos, intervalos de gritos, choro e café apenas.