domingo, 14 de novembro de 2010

Amor Maior





Você sente, eu vejo, você julga eu lamento, eu ouço o vento passando levando meus tormentos, estou sorrindo sentindo uma tristeza enorme. Quando errei contigo, pensei que iria ti perder, pensei que tudo fosse desmoronar, que meus pés não iriam mais sentir os seus, que sua mãos não correriam mais pelo meu corpo que o seu cheiro não iria mais estar em mim, que nosso amor que descobri depois de tudo iria ter fim, eu senti meu peito dolorido ao pensar muito em tudo isso, mas ao mesmo tempo eu pensei no que fazer para não ti perder pra não deixar você partir, comecei a ter a esperança de que tu não querias ir, então logo me vieram as palavras certas a dizer quando nossa chance de conversar chegasse, esperei ansiosa, esperei para a decisão de minha vida, pelo meu amor maior, eu esperei, não poderia partir assim, meu amor maior, amando como nunca amei, sentimento maior eu chamo isso...
A chance de estar ao lado me deixa tão feliz, descobrir que o que começou de súbito está despertando em mim uma grande alegria, o que começou soletrando-se bobagens está dando continuidade com palavras lindas e gestos formidáveis, se pedires para soletrares um beijo em ti eu já estarei a ti beijar, soletrar amor nunca foi tão fácil mais do que senti-lo...
Só de pensar que posso estar sonhando eu logo recordo que posso ti autorizar a me beliscar, mas pensar que ao acontecer isso tudo pode acabar eu prefiro manter-me sonhadora.
Meu amor maior, maior que eu é o que sinto por alguém que me ama como eu o amo.
Agora...Você sente, eu vejo, você julga eu lamento, eu ouço o vento passando levando meus tormentos, estou sorrindo agora sentindo o nosso amor.

domingo, 26 de setembro de 2010

Romântico





Poderia ser assim, simples e apaixonante, vivenciar tantas coisas na vida, seria romântico se eu pudesse sentir o sabor da cor rosa, poder cheirar o amor e tocar um coração.
Tantos dias ditos como românticos passam, tantos dias de não romantismo que eu fico presa e que fazem meu coração pulsar e pulsar,em muito tempo sem conseguir escrever eu pude notar o quão isso me faz falta, pudera eu achar sempre as palavras certas, mas fica difícil definir o que sinto, o tantos sentimentos de um corpo tão sozinho.
Sinto falta de regar as flores, de ter o aroma delas em minhas roupas, de tomar o chá semi-deitada na rede, ler o conto da bailarina sem poderes de sedução, isso não é um conto, mas sim algo visivelmente real, perdi a leveza nos meus pés.
Saudades, lembro do que passou, isso me esgota, lembro tanto que o amanhã já não importa, já não importava, mas me deixa furiosa eu estar deixando o hoje passar, passar sem me alegrar, passar sem sentido, sem carinho, sem emoções e emoções definidas, eu estou vivendo sendo perseguida de preocupações.
Eu contava tudo a alguém este alguém não mais falei ontem, não falei hoje e amanhã eu já nem espero contar, um livro do que deixei de contar já se criou, eu sinto falta desse amor que me ouve, que lê meus contos e presta atenção nas músicas que ouço.
Meus passos são largos, as borboletas antes até acompanhavam, agora elas não conseguem voar tão rápido assim, atras de meus passos largos.
A falta de contar me deixou na falta de me libertar estou presa naquilo que se passou querendo muito me libertar, melhor, sinceramente eu estou tão fraca que já nem tenho mais vontade estou me entregando a ficar apenas ouvindo as lamentações, lendo os textos românticos de meus amigos amados, folhando as imagens de uma revista que ao menos me interessa mas as cores impressas me prendem, sei que o preto e branco estão me deixando vazia-mente sozinha, apagar a luz de meu quarto antes de deitar me tortura, gostaria muito de receber um beijo ao deitar, isso me faz animar mesmo ao fim de todo o dia e início de uma noite que dessa forma será tão bem dormida.
Passear de pés descalços na grama já não toca meu corpo todo, apenas gela os meus pés, sentir o vento abraçando com meus cabelos meu pescoço já não me dá tanta empolgação de queres pular e pular por ai, isso é tão romântico, o que está acontecendo, eu não sou mais romântica? Eu estou deixando o sentido de tudo o que é pra mim, o sentido que eu criei de tudo ir embora, me pergunto inúmeras vezes pra onde está indo, será que vais encontrar alguém que faça ter sentido novamente como és pra mim, como tudo é pra mim? Volte, volte assim eu peço.
Não posso ficar em saudades, tenho que fazer da saudade um sentimento não confuso, não torturante, mas sim um sentimento renovador que faça com que meus dias agora passem a deixar saudades nos dias de depois.
Ler, ouvir, sentir, quero pureza novamente, quero o romântico, mesmo que pra alguns não seja romântico, eu quero sentir os prazeres humanos, mas acima de tudo quero sentir tudo aquilo novamente, continuar sentindo o pouco que ainda consigo sentir, voltar a sentir, sentir mais e mais o que é prazeroso a mim, a mim que talvez seja para alguém mais.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Em um momento podre


"Tenho medo dos olhares, eu tenho medo de olhar todos."




Estão ai momentos de duas semanas conturbadas, meus desabafos, que podem ser inúteis, mas estão ai, os mais profundos deles.


"Se o tempo é meu navio, então aprender a amar... Pode ser minha volta ao oceano"

"Vai demorar pra tudo ficar bem, vai demorar pra eu voltar a sorrir completamente? até quando isso vai durar?"

"Eu não consigo ler nada, o valor das minhas palavras tbm estão na estaca zero, eu não compreendo mais os corpos que eu tanto amava..."

"Eu escrevo, não falo nada, eu sinto não demonstro, eu sofro de uma forma que me faz pensar que tudo me maltrata."

"Pode ser que eu volte a sorrir pra ti um dia, mas nos momentos que sei que está presente por perto eu não consigo ti olhar."

cidas laranjas, morangos azedos, uva sem madurar, banana verde, embrulham assim como as histórias simples que muitos complicam...como erros que passaram, como lições que ficaram, não comerei mais laranjas pêra, morangos azedos, uvas sem madurar, bananas verdes..Não cometerei os mesmos erros, ao menos temos a chance de errar uma vez pelo menos para aprender, como saberei que é um erro se não atuar."

"Sorrisos, sorrir é tão precioso, eu gosto de ver isso em muitos rostos, mas temo que ultimamento estou sofrendo com muitos deles, quem dera não poderem falsificar um sorriso, mas até isso o ser humano consegue fazer, completar o coração de alguém com algo tão superficial pra um e ao mesmo tempo contagiante e recepcionado com sinceridade por outro, isso é destruidor quando a farsa é descoberta."

"Sumi, sumirei, sumiu, me perdeu, me perdi, quero me perder, não me achou, não mais me acharei, não me acharás, irei pra onde, onde eu vou, onde eu quero ir, não mais, não mais existirei da mesma forma que já existi, deixe-me ir, tu deixou que eu fosse, me deixou, eu fui, eu me perdi, eu não quero me achar, eu não quero mais procurar, muito menos ir atras de ti mais, eu não quero me perder ao seu lado, eu não quero mais achar alguém para o meu lado, eu realmente achou que encontrei o meu problema agora, no exato momento eu estou completamente, confusamente PERDIDA."

domingo, 19 de setembro de 2010

Jardim







Eu estava em repouso na minha cama, no meu quarto vazio quando notei que acordei em um lugar tão acolhedor e com o frescor de flores em torno de mim e tudo, logo eu vi que estava onde não mais imaginava que iria, este lugar é meu e nele está tudo o que gosto, portanto não tem porque eu concretizar que não irei mais estar nele.
No jardim, jardim que encontrei em meus pensamentos, vagas de imaginação que foram me proporcionando muitos momentos bons. Eu levantei da saudosa grama e fui caminhar, ver como tudo estava, depois de tanta ausência deste lindo lugar, em meio ao campo que comecei a colocar lá eu caminhei, olhei ao horizonte notei um balão branco a voar, nele estava depositado tudo o que eu deixei o vento levar, ele foi indo eu acompanhando com o olhar, depois de um tempo eu o perdi, fiquei com medo dele estourar e libertar o que eu gostaria de ver longe, mas logo auto-afirmei que assim como tudo de ruim eu não aguentei uma hora ele também não mais suportará.
Estava o céu tão azul, meus cabelos tão soltos, minha roupa tão leve, o balão surgiu, eu cheguei próximo as rosas vermelhas que me encantaram, então pensei que os espinhos iriam ferir o balão, mas ele subiu contudo, bem longe do chão, olhando para o céu, com pequeninos pontos de nuvens puras brancas eu vi ele indo, então lá no topo no início do infinito céu ele estourou, aquilo libertou tão longe de mim que me senti tão mais leve quando o vi fora de minhas vistas.
O dia foi tranqüilo naquela tarde, eu estava com medo, estava nervosa, acredito que minha imaginação me deu um prazer tão grande me levantei da cama e voltei a caminhar de cabeça erguida, então para completar eu abracei tão forte minha mãe querida, dei um beijo na face o meu irmão e apertei as gostosas bochechas de minha pequenina Letícia.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Cara de Urso





Não importa, pelúcia jogada, urso cor desbotada
Passou no sofá, jogou na cama
Procurando algo pra abraçar achou na varanda
Colocou perto do rosto pra ver que cheiro tinha
Nada, nada mais que o perfume de menina
Nasceu nem sei pra quem, pertence a Doce
Morrerá quando ela menos perceber quando esquecer na próxima mudança
Não sabem ao certo quando vai ser, a menina espera
Sorrisos falsos deixa que o Bean faz por todos
Ao mesmo tempo que ela vê que isso é fantasia, pelo menos não a machuca
Palavras ensaiadas ele não diz
A menina espera que um dia ele se mexa, ela só espera
Como espera que a esperança morra, está merece descansar um dia
Então logo ela vem com a idéia de parar de esperar um dia, o amanhã, quem sabe
Dará certo quando eu me desocupar
Rosto escondido, o que ela realmente sente não vale a pena estampar
Ela cobre com a ajuda do Bean o que outros custam a entender
Linhas de sentimentos criam rugas com lágrimas derramadas
Mata-se todas elas com as gargalhadas que ela se dá chance de soltar
Prolonga-se a alegria quando consegue parar de esperar e vive o seu dia.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Garota Sonhadora



"Achei que não colocaria essa música aqui, mas pra Ela, a garota da história eu colocarei sem medo."


A garota da janela estava a passar todos os dias pelo mesmo caminho até que um dia se deparou não ser a única que apreciava uma janela, se deparou com um ser estranho, mas que de certo modo lhe agradava, não mais do que ele dizia que ela agradava, mas mexia com ela.
Dias se passaram e sempre estavam lá, no mesmo horário, no mesmo lugar, acenos, sempre ocorriam, sorrisos timidos sempre descobriam, nada de tão estranho até então.
O primeiro contato com palavras foi feito, ambas a partes se relacionavam muito bem até então, dias passaram não mais normais, pelo menos para a garota da janela, que ao deitar-se na rede pensava se ele estava na janela a sua espera, ela ao olhar pela sua, ficava sempre com a esperança de ver ele passar, já que ele fez a confissão de assim como ela o viu dias e dias na janela ele também havia visto ela na janela.
Dias, dias mais no jardim se encontravam, os problemas falados lá eram confortados, ele cuidava das margaridas e ela sorria, sorria, ele prometera sempre cuidar, um dia ela até ofereceu seu coração, pois sentiu que ele realmente cuidava muito bem do jardim, ele então relatou a ela que seria a tarefa mais agradável que pudera já fazer, ela com medo pediu para que ele o solta-se com cuidado caso alguns dias se passassem e ele então visse que não serviria como guardião possuidor de do coração dela, ele então disse que jamais o deixaria cair, assim quebrar-se, que iria segurar forte.
Ela então muito feliz, sorria sozinha na rua, o via sempre, passou a olhar em seus olhos quando se encontraram, ela se achava complicada, mas deixava de tentar se entender para entender ele também que se fazia complicado também, mas ela estava apaixonada, tudo era sempre feito com muito prazer e alegria, ela sempre teve medo, medo muito medo, mas admitiu que o deixou de lado por ele, ela realmente estava disposta pela primeira vez a dedicar-se a alguém.
Passaram-se mais dias, não mais se viram de perto, mas ela sempre esteve feliz, pois sempre relatava a ela mesmo que ele é muito ocupado, que deve entender, mas viu que sumiu da janela por alguns dias, seu coração ficava preocupado, apertado, passou dias, conversavam, ela admitia a falta sem medo, ele só lamentava, e dizia sentir falta, e assim foram as conversas afastadas, ela sempre esperando as conversas de perto.
Ela esperava, era sempre avisada, não saía, esperava apenas, sorria por achar que ele viria, então passou mais dias, nada de ir ao jardim muito menos encontrá-lo lá, veio a noticia de que ele estava regando o canteiro de outra, cultivando outra menina uma esperança como cultivava com ela, isso a deixou em furia, sempre esperando, quando se fez o tempo ele quis dedicar a outra.
Fria ela visitou o jardim, se feriu em uma rosa vermelha, deitou nos espinhos, cravou sua pele Doce como ele dizia, a chamava de Doce, pelas palavras dizia que ela flutuava, levantou-se, foi se afogar no lago, mas ele parecia protege-la apenas, voltou a superficie, finalmente correu até as margaridas, lá passou por elas, as pétalas que eram brancas, se fizeram vermelha com suas feridas abertas.
Assim passou-se mais dias, ela não conseguia estabelecer um diálogo agradável com ele, ele se sentindo injustamente julgado, ela concluindo que realmente é a patética sonhadora, que procurava um amor, um caso perfeito, um conto para seus netos contar, ela chorava, mas não admitia nunca a ele, falou umas e outras vezes em sentimentos novamente, mas diferença nenhuma ela sentia que não fazia pra ele, cansou-se, desistiu, ela carregou o peso de fracassada, disseram a ela que todos tem o que merece, ela sentiu não merece-lo, mas pensou que poderia ter feito mais, então explicaram pra ela, "não mereceu ele, pois merece algo melhor", até que á consolou, disseram a ela também, "há males que vem para bem", ela riu, chorou escondida, ela pode estar a chorar, mas quando a vejo admito que ela está lá sentada em algum lugar com os amigos jogando conversa fora, estralando os olhos, cuidando-se para não ver, para não falar, para não lembrar que realmente um verme esteve em sua vida.
Ela sentou comigo esses dias, ali na frente de casa, contou um conto pra mim, foi perceber que não tinha nada de contos de fadas, mas me encantou, ela é forte, será mesmo, eu acredito que seja, está aprendendo pelo menos, ao terminar ela sentiu raiva, mas é normal isso já que está decepcionada, o chamou de verme, mas quando ele se intitulava com um, ela mesma não aceitava, dessa vez ela disse da boca pra fora, "Ele realmente é um verme", é claro que seu coração isso não acha, só sabe que no momento ele está bem com a outra, ela estará bem com os bens da vida dela.

sábado, 14 de agosto de 2010

Dizeres de uma semana.






Passo horas ouvindo músicas que me lembram fatos bons, mas que ao mesmo tempo por não se repetirem me fazem chorar, chorar, sumir.


"-A menina do copo com água pode não querer se isolar dos demais, apenas se sente diferente de todos eles."


"-Vai encontrá-la. -Mas eu nem a conheço. -Vai conhecê-la."

Por mil vezes antes Eu queria saber se há algo mais, algo mais

Como posso querer eu uma alma perfeita, um corpo perfeito, se eu sou o que sou, uma terrível humana, que não sabe nada da vida?Sou desastre!

Estou com saudades, estou com raiva, estou com amor, estou com pavor, estou triste, estou solitária, estou com vontade de dizer besteiras.

Estou com vontade de ser saudade, saudade apenas, não ser pra vida inteira de alguém, já mudei muito, desejei o pra sempre...

Não sei contar as estrelas, grandioso céu me apresenta quem sabe, eu ficarei muito feliz!


"No jardim, eu vi as flores trocando de cor, conforme meu humor elas mudaram o seu tom, foram do amarelo ouro, ao cinza, dei graças de não ver o preto em minha frente, no branco do vestido se passava momentos que tenho saudades, momentos que em minha mente custavam para eu fazer voltar e assim revê-los, no vestido, pareciam estar acontecendo ao vivo, mas eu apenas estava a assistir, logo notei que eu estava me fazendo lembrar, tudo isso é fruto de minha mente, margaridas me perdoem, ser da face iluminada tenho dificuldades para ver seu rosto em meio as margaridas nas lembranças que pacerem acontecer instantaneamente em meu vestido branco, não quero realmente que se vá, eu desejo isso, mas respeito qual for o seu desejo."


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

No meu quarto





Chegar em casa, abrir a porta ser recebida, estar atenta se não vou estragar o dia de ninguém, pois chegar em casa está sendo o limite para quem passa o dia a pensar, a pensar no que deveria ter feito, no que poderia ter tentado e muito mais no que poderia ter deixado de fazer, ter deixado de falar, deixado de conhecer, deixado de ouvir, deixado de viver, deixei muitos dias passarem que hoje me arrependo de tê-los sentido, deixei muitas águas rolarem em minha face que poderia não terem ocorrido.
Poderia eu no momento confessar que isso tudo é uma mentira, mas confesso agora aqui que tudo isso são reais linhas de minha vida, infelizmente tem dias que gostaria de apagar, eu sou cruel em falar disso, pois a vida significa tanto a mim e escrevendo isso estou a tornando torturante, mas onde quero chegar não é ao ponto que penses que não deveria ter nascido ou que até mesmo gostaria de já ter partido para outro lugar, outro mundo ou até mesmo como no filme O Amor Além da Vida, que sou o que realmente quero ser, encantado ou real, habitar um lugar surreal como meu jardim, mas não eu tenho que fazer algo aqui mesmo, é dolorido, sentimentos corroem em meu coração, mas digo tudo isso, para notares que palavras escritas, olhares revelados, momentos lindos, só podem ter sido para mim, só podem ter sentido para mim e não ter significado nenhum a quem lê no momento a quem viveu comigo os momentos.
Não posso eu desejar viver em um conto, mas minha vida o que eu vivi, é o meu conto, onde mesmo que os espinhos de uma rosa machuquem eu ainda sorrirei ao ganhá-las, mesmo que meu coração não seja de vidro eu insista em dizer que ele pode se quebrar, mesmo que eu não acorde com um beijo eu insisto querer encontrar um amor que vá me desertar com um sorriso depois de tocar meus lábios, mesmo que a chuva e o frio sejam intensos eu insisto em dizer que isso tudo é encantado e me ajuda de alguma forma, mesmo que eu não consiga tocar o céu o vento manda o recado de que ele está feliz em ser apreciado, mesmo que eu não veja esse tal vento eu o sinto tão intenso, é como o amor, mesmo que eu ainda desconheça a face eu sinto que ele existirá pra mim.
Realidade, cruel, decepcionante muitas e muitas vezes em muitos sentidos, faz doer meu coração que mesmo imaginando ser de vidro bruto e quebravel se enrolar para despistar quando disparado, os nós de minha garganta que tanto aclama quando choro, desatam com o tempo quando vou cedendo as lágrimas, depois de um tempo confortam.
Comum me sentir fracassada, eu não sou nada logo penso, mas eu sei que tem alguém que é muito pra mim, haverá sempre aqueles que são tudo para mim, haverá aqueles que estarão sempre a ser pra mim aquilo que eu tanto quero ser a alguém, o que tanto quero ser a eles, aborrecê-los com minha dor jamais, quero confortar as suas, as deles, a tua, eu desejo ser assim, apenas uma humana, uma humana que ouve os contos de tantas outras pessoas, que nota os detalhes até mesmo imperfeitos e escreve o meu conto que conto o conto das vidas em minha vida.

"Nada é permanente nesse mundo cruel. Nem mesmo nossos problemas." Chales Chaplin

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Na janela, mais uma vez...





Não tem como resistir, é imenso a menina que olha pela janela sempre imagina o que nem imaginava que sua imaginação conseguiria imaginar...
Olhar para o céu ao som de Sometimes é incrivelmente bom ao seu coração, o frio não faz com que ela se distancie dos gelados vidros, ela se encanta olhando as árvores balançarem lá fora, garra que deixa o dia tão mais frio, ela não fecha a janela, gosta de sentir o vento partir o seu rosto e enrolar seus cabelos.
Em um dia de sol, o céu tão mais incrivelmente azul, não se pode descrever, só se pode sorrir, o contorno dos olhos parece das limites ao tamanho que é tudo o que prende seu olhar, então olha-se pra lá e depois pra cá, não se cansa.
As nuvens sempre formam o que tanto ela quer ter nas mãos, o céu pode ser generoso em encantar o seu olhar formando o que ela tanto quer perto, mas o céu está tão longe, isso não vale, tinha que se fazer na Terra, mas está ai todo encanto do que é apreciar imaginar.
Então logo ela pensou, que poderia pintar o céu, em dias lindos ele se faz seu quadro, sua foto, seu registro, é tudo tão perfeito que parece que foi ela quem criou, quando isso se faz reforça sua oração e senti que foi prestigiada com tanta beleza, é do jeito que sempre imaginou a diferença é que é muito mais real do que consegue imaginar, mesmo assim ela diz: -Hoje, tirei uma foto pra vida, pintei quadro do céu, eu vi a luz do dia nascer no meu pincel.
Ela termina a sorrir, no dia seguinnte veio a chuva, ela sentiu a brisa bater, caminhando até seu destino seu cachecol voava com o vento, mas de seu delicado pescoço não fugia, suas mãos escondidas sabiam que hoje não daria pra pintar, mas seus olhos tinham certeza que estavam a fazer um bom trabalho, muitas fotos estavam a tirar.
Seus dias são encantados, muitos deles são melhores no fim, outros começam maravilhosos, até mesmo em alguns quebra-se no meio, mas sempre tem um detalhe agradável a sua memória e doce ao seu coração.
A menina do jardim, a menina da janela, fica triste quando não consegue descrever aqui dias como estes ali.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Jardim




Sugestão de Música - Natalie Imbruglia-Torn


Pensamentos tranquilos
Fecho os olhos, penso não ver nada
Deixo de lado a lógica
Vou a minha imaginação
Ao som de lindas palavras
Abro meu coração, recordações
Eu li, eu escrevi, senti
A porta estava encostada nunca fechada
Eu abri minha imaginação
Liberdade...
Eu cheguei, senti a brisa tocar meu rosto, apanhar meus cabelos, minhas mãos pareciam me puxar, foi então que eu vi a linda árvore ao longe suas folhas balançarem, o campo estava amarelo queimado, as flores pareciam estar guardadas, eu fui buscá-las, uma aventura até lá.
De branco, leve, me soltei ao ar, parecia não ter gravidade no lugar, me senti voar a cada passo, eu achei que exagerei, me senti saltar, tão leve, sentindo somente o bem, sentindo somente o que mais estava a procurar, eu senti o conforto novamente.
Eu avistei, eu sorri, as margaridas estavam tão lindas, tão belas, as rosas vermelhas eu não vi elas se guardaram, já estava mais do que feliz...Sim, eu voei, eu não caminhei, eu não corri, eu flutuei, a árvore me acolheu o sol se pondo, o vento não vejo mas sinto, é como o amor.
Já havia ganhado tudo o que queria, antes de ir eu recebi uma rosa, do rosa mais delicado que já vi, fiquei tão mais feliz, mais do já estava, senti o que tanto temia, mais do que pensei que iria sentir.
Um momento
Instantes eternos
Acredito muito
tão real, tão natural, tão puro.
Consigo imaginar.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Menina da janela, menina do jardim



Sugestão de Música - City And Colour-Against The Grain




É eu sai da minha casinha
De menina tive vontade de ser mulher
Revelei como nunca meus sentimentos
Eu os senti tão mais intensos
Quando perguntas feitas não são respondidas
Marca mais, marca tanto quando vem pelo Tempo
Eu de mulher tive desejo de criar asas, borboleta por ai
Tive tanto medo, então fui ao jardim
Galhos me acolheram
As folhas lágrimas sustentaram
Chorei como chuva, então resolvi voltar ao chão
De borboleta mulher
Senti menina novamente, pois nada conheço
Eu enfrentei meus medos, se voltaram contra mim
Voltei a ter medo.
Então voltei a olhar tudo o que acontece
Pela janela a menina está a acompanhar a vida
dentro de seu jardim imaginário ela coloca apenas o que consegue suportar...
Menina da janela, menina do jardim.

sábado, 3 de julho de 2010

A menina




Sugestão de Música : Scorpions-Send Me An Angel

Em uma noite não muito fria, não tão quente, mas incrivelmente escura a menina vagava sem direção, ao som dos grilhos, ouviu também o miar de um gato branco que estava a lhe acompanhar, as estrelas estavam no céu, mas ela nesta noite não as via como tanto queria, seu moletom estava esticado sua calça laceada seus cabelos presos com poucos fios em volta de seu rosto ainda soltos, suas sapatilhas já haviam caminhado sobre os piores lugares e seu olhar já havia visto de tudo que até sua imaginação não havia criado ainda, naquele momento seus olhos estavam brilhando sua boca seca estava a pedir que alguém a molhasse, seus lábios já não estavam mais suaves, suas palavras poderiam estar amargas.
O tempo não era previsto por ela, o frio que não estava a dominar resolveu se aproximar e uma neblina começou a sentir, estava na cidade, mas as luzes das casas nem isso estava a avistar, os postes eram distantes, os clarões eram vagos, outros mais vagos ainda por não iluminarem, seu pensamento ia do amor ao ódio, da dor ao chegar ao ódio e do alivio ao chegar ao amor, a solidão a fez pensar tanto, no momento da longa caminhada negra.
O vento levava os pingos da névoa para seu rosto, logo seus lábios estavam frios, seus cílios molhados e os cabelos colados em seu rosto, assim fazendo o contorno do mesmo, suas pernas, seus pés, suportavam mais do que imaginava conseguir caminhar, seus dedos das mãos gelados aproximaram-se de seus lábios, passaram por entre seus olhos molhados e seus cabelos presos agora soltos, sua nuca pedia que a aquecesse, então lá os fios se deitaram.
Olhando para todos os lados, não avistava ninguém aquilo a fazia imaginar como imaginava no seu jardim, estar com aquele que no seu jardim cuida das belas margaridas, só que no momento ela seria a margarida que estava precisando de proteção, queria sentir os braços em volta de si, as mãos tirando os cabelos de seus olhos, passando pelos lábios e depois novamente em volta de si, fazendo com que sem medo suas pétalas se renovassem.
Por um instante ela sentiu novamente saudades, saudades de alguém que está tão próximo, mas pensou logo se isso tem sentindo, agora vagando na noite se perguntava sobre isso. Por hora parou logo de se perguntar, voltou a sentir saudades, suas mãos geladas agora, seus pés começando a gelar, o moletom estava mais pesado, seu corpo agora estava lavado, pois suas vestes estavam umedecidas. Voltou a pensar que era o momento exato dele surgir, mas chegou em casa pouco depois, mais dez metros percorridos, abriu o portão, a porta estava aberta a sua espera, todos já estavam dormindo, seu quarto estava vazio, suas cobertas estavam geladas a sua espera para ambos se aquecerem para mais uma noite completamente solitária.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Imaginar




Sugestão de Música: Andrew Bird - Spare-Ohs

Vejo a imaginação como algo para se desfrutar do bom, do puro, do doce, para desligar-se do que no mundo acontece...
Imaginar que podemos nos ferir com alguém ou até mesmo ferir alguém, não é desfrutar da melhor forma de um dos prazeres humanos e capacidade divina que é imaginar, também como imaginar a morte, a morte é comum e destruidora, imaginar ela se pede ela, ao mentalizar algo tão profundamente, imaginar no caso, pode-se trazer a vida, ao mundo real, por isso não devemos ser pessimistas em pensamentos tão menos ainda em imaginação. É claro morrer todos temos certeza de que um dia iremos, então está ai o fato de ser inútil pensar nisso, quando, onde, como será que isso vai ocorrer ou até mesmo desejar a forma que isso possa ocorrer se é concreto, imaginar é desfrutar do que desejamos de tal forma que as vezes é impossível se concretizar tão magnificamente como criamos em nossa mente, de tal forma que nos conforte. Devemos pensar no que desejamos, juntar tudo em nossa subconsciente surpreendente, amenizar os pesadelos com sonhos, amenizar a vida, o stress de todos os dias com a imaginação que conforta, foi com essa razão que surgiu o meu jardim, lá está tudo o que gosto, como gosto e quem gosto, meu coração não dói, os espinhos das rosas são terapêuticos, as margaridas exalam o cheiro puro de doce que me comove, o sol brilha intensamente, a chuva lava minha alma, o lago me cerca e me convida e nadar, a árvore gigante me protege, os pássaros cantam quando chegam, as borboletas voam tão suavemente que o vento não competi com suas belas asas ele sempre está a favor destas. Meus dias podem ser cheios de mal pensadores, fofocas, dinheiro, cobranças, ganancia, odores desagradáveis, palavras obscuras, olhares gulosos, mas minha imaginaçãociicc é singela, suave, acolhedora e principalmente curadora.
Imagine seu lugar, seu mundo perfeito, seu amor perfeito, para imaginar tudo isso, estará em constante exercício no seu dia-a-dia, na vida normal, pois prestará atenção em cada detalhe, ira peneirar tudo o que lhe acontece para sim, transportar o que há de melhor aos seus pensamentos, imaginar não é loucura, ter um mundo que só você vive e vê, que é perfeito a você, acredito que trás sabedoria para se viver e valorizar cada dia de vida.

domingo, 20 de junho de 2010

Um dia normal



Sugestão de Música: Jars Of Clay - Flood

Em uma tarde chuvosa, de poucas ações, poucas palavras e muito frio, deitada na cama, ao contrário, olhando pela janela o céu cinza e as os galhos das pontas das árvores balançando com o vento forte lá fora, eu estava a pensar, a recordar e a sentir no meu peito apertar tudo o que estava passando a limpo em minha mente.
Embaixo da coberta azul, com o edredom rosa em cima, o aquecer era simples e comum, em tudo que estava pensando eu estava desejando o aquecer diferente que só se sente de quem a gente deseja estar perto, sem compreender comecei meu dia irritada e naquele momento na cama eu comecei a me dar contar de que isso é consequência de sentir falta de algo, sentir falta de alguém ou simples consequência de querer fazer falta em algum lugar ou fazer falta para alguém, mesmo que desejar isso não seja pra mim tão bem associado aos meus pensamentos, mas no instânte eu me deixei ser egoista e me confortar pensando nisso.
Minutos se passaram e nada de conforto completo, foi então que resolvi fazer um capuccino bem quente, para ver se o sabor do café gostoso e o aroma me faziam animar-me e me levantar para fazer algo produtivo a alguém ou até conseguir me unir com quem estava na sala. Um "Olá" a todos eu disse, a cozinha parecia estar longe, a caneca pesada demais e minha fraquesa dominadora e perversa, feito o capuccino voltei ao meu quarto, tentanto imaginar o meu jardim a cada gole, ao terminar, o livro que comecei a ler retornei a folhar "A Menina que Roubava Livros", cada trecho lido me motivava a ler mais e mais, pensei eu por minutos poderia estar com todos torcendo lá na sala, mas ler fazia mais sentido pra mim, por instântes notei que estava mais motivada pelo fato de me prender a cada palavra lida e intensidade das aventuras do livro, mas senti meu pensamento voando até não conseguir mais viver a história narrada, de fato, é assim mesmo, eu vivo o que leio em minha mente como estivesse presenciando tudo ou até mesmo sendo o personagem, minhas vistas escurecerão, não consegui mais segurar o livro, tive de soltá-lo por entre as cobertas, deitar minha cabeça ao travasseiro fechar os olhos e esperar a sensação pesada passar e assim me deixar erguer o ombros novamente, ao abrir os olhos senti que não conseguia mais ler, apenas levantei e fui ouvir as adoráveis músicas que tanto ouço todos os dias.
Dores fortes no peito comecei a sentir, mesmo que lutasse contra, ainda era dolorido, meus dedos pareciam pesar em minhas mãos, minha cabeça parecia insistir em ficar abaixada, primeira música que fui ouvir Audioslave-Like A Stone, não só ouvi como cantei, vendo as fotos adoráveis no computador de minha irmã e outras coisas, assim foram muitas músicas, eu senti me fortalecendo, pode parecer bobagem, mas elas me ajudam muito, faz conjunto completo com as fotos, eu estava sozinha, mas a pensar nos sorrisos que dei, nos amigos que se foram, nos momentos que vivi, sim, cada letra tem um sentido, eu tenho uma trilha sonora, ainda não fiz a minha coletânea, mas se fosse pra se fazer um CD, ele seria perfeito pra mim e talvez se encaicharia na vida de alguém também.
Mais animada eu fui lavar minha caneca, dizer um "Olá" novamente, voltar a ouvir minhas músicas, até o momento da minha pequena irmã aparecer e pedir minha câmera fotográfica emprestada e insistir, mesmo que o NÃO repetido fora dito a ela, ele não existiu aos seus ouvidos e eu não resistir as suas palavras, agora estou eu aqui rindo com a fotos tiradas.
Mesmo uma tarde chuvosa tão trancada em casa, forma-se uma história, mesmo eu não fazendo praticamente nada, é a vida detalhista, que não deixa nada ser superficial, talvez um dia normal, mas um dia bem passado, mesmo que tenham fraquezas, saudades, sonolências, intervalos de risos, intervalos de gritos, choro e café apenas.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Fui ao Jardim

"Me sinto menina, brincando feito criança, brincando com a vida, brincando de viver."

Sugestão de Música: Kansas - Dust In The Wind
(♫...Now, don't hang on Nothing lasts forever...)

Sim depois de tanto tempo sem ir ao meu jardim, a menina que encontra lá todo o amor que deseja, toda beleza oculta aos olhos comuns, esteve tão alegremente a caminhar, a grama estava úmida deliciosamente eu corri por todo o lugar, estava de vestido leve, todo branco, o que tinha de rosa em mim era somente uma tiara de cabelo com um lacinho, estava um lindo dia o sol sorrindo e eu tão feliz,o ar estava com um cheirinho leve de camomila que me ajudava a estar sempre calma, minhas buxexas vermelhas como de costume era o sinal de estar com o coração aquecido.
Sentei embaixo da mãe árvore como de costume, ela como sempre tornou a cuidar de mim, por entre as folhas os raios de sol penetravam levemente, tornava tudo tão belo e iluminado na medida certa, mesmo no jardim não tendo certo ou errado, enfim pois é tudo tão belo. Ao olhar para frente e avistar o lago que parece sempre acolhedor no frio e no calor estava iluminado o reflexo do sol era nítido e belo, senti a brisa novamente passar por entre meus cabelos e seu frescor de camomila despertar meu olfato, abracei minhas pernas e senti que faltava alguma coisa, foi então que me deparei que mesmo estando em agradável temperatura minhas mãos ainda estavam geladas, resolvi levantar-me e ir comtemplar o jardim, minhas mãos insistiram em não aquecer.
Rodeei enumeras vezes, perdi a conta de quantos saltinhos no ar eu dei em meu jardim, lugar que deixa sempre saudades, foi então que quando notei estava em meio as margaridas, meu vestido já estava amarelo do pólen das queridas, resolvi parar para cheirar uma delas, notei que estavam com gotinhas nas pétalas, recém regadas ao olhar para o lado eu vi ele rindo de mim, olhando pra mim, foi então que logo pensei, e falei: "Venha aqui agora, pare de rir como um tolo, vamos para lá, quero suas mãos e seu ombro utilizar". Enfim ele riu mais ainda, eu saí correndo ele se obrigou a correr também e meu ritmo não é nada lento, ao chegar na mãe árvore novamente, pois já havia passado ali, me sentei, ele logo foi sentar-se ao meu lado, eu então não esperei um minuto logo suas mãos viraram minhas e seu ombro meu descanço, minha segurança, nosso momento, foi então que eu senti que tudo estava muito bem aquecido agora, olhar o céu, as folhas e o lago era detalhe, perto de olhar que ele estava ali, ele estava ao meu lado, ele me encanta com seus olhos, e sim tem ótimas mãos, e um ombro tão confortável, obrigada por ter deixado usá-los.

"Por um momento pensei em não publicar esse texto aqui, mas foi tão bom pra mim, quanto pode ser para alguém ler. São momentos de confusões que muitas vezes me impedem de escrever assim como um momento de confusão que quase me impediu de publicar este texto, enfim que seja apreciado".

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sol e chuva

Indicação de música: Audioslave - Like A Stone


Não estou me isolando, somente deixando a vida passar no ritmo que ela deseja, olhando pela janela e assim analisando tudo o que se passou em uma tarde chuvosa para no amanhecer de sol sorrindo saber o que fazer, o que melhor irei fazer.
Meus amigos eu não nego, meu amor eu declaro, a esperança de estar ao lado de quem desejo eu tenho, mesmo que seja difícil admitir que quero, até então admitindo eu penso em parar, talvez começar a negar, tentar disfarçar, deixar adormecer o que se dispertou, não admitir é mais doloroso do que admitir, mas saber que talvez não seja como quero ou que seja ao contrário do que penso dói tanto depois de dito.
Eu tenho medo, isso é que tenho mesmo, medo dos raios lá fora, por isso estou sentada olhando pela janela, pois estou com medo de tomar banho de chuva, eu crio raios mesmo só garoando em uma tarde após o sol ter revelado um sorriso ao meu dia e eu ter revelado em um dia que amo.
É como sol e chuvas juntos, revelam as cores escondidas, um fenômeno inexplicável e maravilhoso, surge no céu o lindo arco-íris, é inexplicável o que estou sentindo, mas deve ser maravilhoso concretizado.




domingo, 23 de maio de 2010

Choros no Jardim


Fazia dias que estava com vontade de estar lá, não pensem que é só imaginar e num piscar de olhos lá estou, não é fácil assim, tenho que ter sempre um motivo, meus dias conturbados muitas vezes não me permitem me refugiar eu fico triste por não estar quando quero no jardim, mas ele teme em ser divino e me aceita em meu ápice de sentidos.
Hoje fechei meus olhos ao deitar, como desejo fiquei pensando nos momentos no jardim, eu precisava de uma nova aventura de algo fantástico lá, passei uma semana e meia sem ele me proporcionar o que estava desejando tanto, foi então que eu cai lá, dessa vez foi violentamente difícil até para levantar depois desta tremenda queda, mas ao me levantar eu comecei a minha aventura.
Olhei em volta estava mais belo do que nunca, estava a minha espera a dias, o azul do céu era de radiar em meus olhos, o sol era de tornar qualquer sorriso tão mais iluminados como poderia imaginar a grama amenizou o meu tombo, mas meus joelhos eu machuquei admito, o que senti no momento só me fez agradecer com todo o meu amor por estar novamente no lindo lugar, mesmo sendo meu, para eu ir ao jardim, ele que tem que me aceitar, pois bem fiquei feliz por saber que até então não me negou.
Depois de alguns minutos tentando pensar no que queria fazer primeiro, surgiu a tristeza do mundo real em minha mente e me fez ali no jardim querer descontar minhas dores, foi então que eu desfrutei diferente das outras vezes estar na presença desse lindo lugar. As lágrimas eu não contive, estava tão, tão triste que não consegui deixar de derramá-las, para amenizar a presença delas em meu rosto eu resolvi correr contra o vento, logo em frente depois de muitos passos apreçados cheguei ao lindo monte de margaridas, olhei em volta eu sabia que estava lá, mas não consegui o ver, elas estavam úmidas, tinham acabado de receber água, estavam tão vivas, o vento forte eu meu rápido ritmo fizeram mil pétalas se embalarem no ar foi um espetáculo, mas que não pode curar minha tristeza.
Logo em frente a árvore que me acolhia estava diferente a terra úmida abaixo dela, junto as raízes dela, temiam uma coisa esconder de mim que tudo me fazia querer descobrir, foi então eu onde sentei comecei a cavar, a terra úmida me ajudava sem muito esforço eu achei o livro de minha vida, digo no momento que tentei lê-lo, mas não consegui, foi então que a dor aumentou terrivelmente sem parar, minhas lágrimas dobraram de intensidade em minha face e dali eu queria sair, de perto das páginas que eu escrevi, das belas e ruins lembranças, longe, longe eu quis ficar.
Saí correndo novamente, ele estava perto de mim, mas eu sai correndo, eu o sentia, mas não o via, isso causava mais dor. Foi então que me recordei do meu campo de rosas, era um refúgio e o castigo as minhas impurezas, meu egoísmo e minha ira, eu pulei em meio delas, e disse a elas: "Me aturem por favor, não me neguem meus amores, me marquem com seus espinhos para que eu possa lembrar que vocês existem e são tão fortes mais do que eu, que conseguem me domar". Ali eu fiquei por um bom tempo, ali eu senti por todo esse tempo que meu corpo estava cheio de marcas, mas a dor não era sufocante, era sim a dor mais pura que pude sentir, a leveza de estar livre das impurezas e dos pensamentos ruins que estavam por mim sendo carregados por um bom tempo, eu me sentei, juntei minhas pernas ao meu colo, as abracei e as lágrimas continuavam sem cessar, eu precisava de mais alguma coisa pra completar minha lavagem.
O lago, o lago que sempre estive a contemplar, levantei e fui até a margem dele, observei que seu movimento era leve, puro e estava a me convidar, eu me lembrei que não sabia nadar, mas sabia que logo atraz de mim a árvore estava a me cuidar, foi então que eu me joguei e comecei a afundar, de olhos abertos, toda a beleza do seu interior eu pude presenciar, a mancha vermelha que me seguia não atrapalhava o meu olhar, o ar eu não senti acabar, ele não estava fazendo falta, eu não precisava dele, a pura água estava a me cuidar, depois de uma viagem eu voltei a superfície, olhei em volta quando me deparei com o sol se pondo ali na minha presença, parecia mesmo que ele também estava se retirando para mergulhar e assim eu senti o lago se aquecer, que sensação boa, mas a terra firme eu deveria voltar, sem dificuldade eu cheguei até lá, me refugiei em meio as raízes da árvore amiga que o livro da minha vida absorvendo para a terra novamente estava.
Novamente juntei minhas pernas ao meu corpo, de vestido molhado, meu cabelo escorrido, meus arranhões que estavam cicatrizados já, minhas lágrimas misturadas as gotas de águas em minha face, parecia minha tristeza lavar, o frio que começou a baixar foi amenizado pelo manto branco trazido pelos pássaros azuis e as borboletas de grande asas com olhos pintados nelas, e lá foram eles repousar, foi então que lembrei que não estava sozinha lá, foi quando lembrei que ele estava presente lá, eu sentia, mas dessa vez eu não o vi.
Sinto a presença dele lá, porque o quero lá, mas muitas coisas eu não consigo o ver como o via antes, mesmo assim eu estava tranquila, lembrei do livro de minha vida e a árvore em uma folha me mandou um recado, caiu em minha cabeça junto com um pequeno galho:

"Querida, esteja sempre preparada, um dia terá que lê-lo, um dia o mostrará a todos, enquanto trate de voltar mais vezes para que eu possa assim sentir o prazer de tê-la conosco".

Eu olhei para o alto, as folhas sem vento se balançaram eu então sorri pela primeira vez ali hoje, e senti minha companheira árvore que me protege me amar, ela é a mãe do meu jardim.