terça-feira, 24 de agosto de 2010

Garota Sonhadora



"Achei que não colocaria essa música aqui, mas pra Ela, a garota da história eu colocarei sem medo."


A garota da janela estava a passar todos os dias pelo mesmo caminho até que um dia se deparou não ser a única que apreciava uma janela, se deparou com um ser estranho, mas que de certo modo lhe agradava, não mais do que ele dizia que ela agradava, mas mexia com ela.
Dias se passaram e sempre estavam lá, no mesmo horário, no mesmo lugar, acenos, sempre ocorriam, sorrisos timidos sempre descobriam, nada de tão estranho até então.
O primeiro contato com palavras foi feito, ambas a partes se relacionavam muito bem até então, dias passaram não mais normais, pelo menos para a garota da janela, que ao deitar-se na rede pensava se ele estava na janela a sua espera, ela ao olhar pela sua, ficava sempre com a esperança de ver ele passar, já que ele fez a confissão de assim como ela o viu dias e dias na janela ele também havia visto ela na janela.
Dias, dias mais no jardim se encontravam, os problemas falados lá eram confortados, ele cuidava das margaridas e ela sorria, sorria, ele prometera sempre cuidar, um dia ela até ofereceu seu coração, pois sentiu que ele realmente cuidava muito bem do jardim, ele então relatou a ela que seria a tarefa mais agradável que pudera já fazer, ela com medo pediu para que ele o solta-se com cuidado caso alguns dias se passassem e ele então visse que não serviria como guardião possuidor de do coração dela, ele então disse que jamais o deixaria cair, assim quebrar-se, que iria segurar forte.
Ela então muito feliz, sorria sozinha na rua, o via sempre, passou a olhar em seus olhos quando se encontraram, ela se achava complicada, mas deixava de tentar se entender para entender ele também que se fazia complicado também, mas ela estava apaixonada, tudo era sempre feito com muito prazer e alegria, ela sempre teve medo, medo muito medo, mas admitiu que o deixou de lado por ele, ela realmente estava disposta pela primeira vez a dedicar-se a alguém.
Passaram-se mais dias, não mais se viram de perto, mas ela sempre esteve feliz, pois sempre relatava a ela mesmo que ele é muito ocupado, que deve entender, mas viu que sumiu da janela por alguns dias, seu coração ficava preocupado, apertado, passou dias, conversavam, ela admitia a falta sem medo, ele só lamentava, e dizia sentir falta, e assim foram as conversas afastadas, ela sempre esperando as conversas de perto.
Ela esperava, era sempre avisada, não saía, esperava apenas, sorria por achar que ele viria, então passou mais dias, nada de ir ao jardim muito menos encontrá-lo lá, veio a noticia de que ele estava regando o canteiro de outra, cultivando outra menina uma esperança como cultivava com ela, isso a deixou em furia, sempre esperando, quando se fez o tempo ele quis dedicar a outra.
Fria ela visitou o jardim, se feriu em uma rosa vermelha, deitou nos espinhos, cravou sua pele Doce como ele dizia, a chamava de Doce, pelas palavras dizia que ela flutuava, levantou-se, foi se afogar no lago, mas ele parecia protege-la apenas, voltou a superficie, finalmente correu até as margaridas, lá passou por elas, as pétalas que eram brancas, se fizeram vermelha com suas feridas abertas.
Assim passou-se mais dias, ela não conseguia estabelecer um diálogo agradável com ele, ele se sentindo injustamente julgado, ela concluindo que realmente é a patética sonhadora, que procurava um amor, um caso perfeito, um conto para seus netos contar, ela chorava, mas não admitia nunca a ele, falou umas e outras vezes em sentimentos novamente, mas diferença nenhuma ela sentia que não fazia pra ele, cansou-se, desistiu, ela carregou o peso de fracassada, disseram a ela que todos tem o que merece, ela sentiu não merece-lo, mas pensou que poderia ter feito mais, então explicaram pra ela, "não mereceu ele, pois merece algo melhor", até que á consolou, disseram a ela também, "há males que vem para bem", ela riu, chorou escondida, ela pode estar a chorar, mas quando a vejo admito que ela está lá sentada em algum lugar com os amigos jogando conversa fora, estralando os olhos, cuidando-se para não ver, para não falar, para não lembrar que realmente um verme esteve em sua vida.
Ela sentou comigo esses dias, ali na frente de casa, contou um conto pra mim, foi perceber que não tinha nada de contos de fadas, mas me encantou, ela é forte, será mesmo, eu acredito que seja, está aprendendo pelo menos, ao terminar ela sentiu raiva, mas é normal isso já que está decepcionada, o chamou de verme, mas quando ele se intitulava com um, ela mesma não aceitava, dessa vez ela disse da boca pra fora, "Ele realmente é um verme", é claro que seu coração isso não acha, só sabe que no momento ele está bem com a outra, ela estará bem com os bens da vida dela.

Um comentário:

Schermak, Anna disse...

1º Essa musica me faz chorar ... sempre.
2º Eu acompanhei o conto, dia a dia, semana a semana, fui espectadora, tinha um lugar no jardim e digo, forte igual ELA, somente duas dEla.